um buraco no meio
do corpo
alimenta a fome
sem dentes
da boca que você
costurou no meu peito
por enquanto
me sirvo do gesto
que escapa do teu traço
o aviso do barco
chegando voraz,
o ruído salgado das
ondas no cais
dos galhos estalando
secos
pisando os teus pés
nos meus campos
de outono.
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